Heley Abreu: a professora que jamais deverá ser esquecida
No dia 8 de março comemoramos o Dia Internacional da Mulher, data que marca a luta das mulheres por seus direitos e igualdade de gênero. É importante lembrar que, ao longo da história, muitas mulheres foram responsáveis por mudanças significativas em nossa sociedade. Nesse sentido, é importante ressaltar a história de Heley Abreu Silva Batista, uma professora que jamais deverá ser esquecida.
Nascida em Montes Claros, Minas Gerais, Heley Abreu era uma professora dedicada e apaixonada pelo seu trabalho. Infelizmente, em 5 de outubro de 2017, a cidade de Janaúba foi palco de uma tragédia que chocou o país e o mundo: o incêndio criminoso na creche Gente Inocente, que resultou na morte de 14 pessoas, sendo 10 crianças e 4 adultos (incluindo o criminoso).
No meio do caos e do desespero, Heley Abreu, junto de outras duas funcionárias, Jéssica Morgana e Geni Oliveira, demonstraram uma coragem inabalável e um amor incondicional pelos seus alunos. Mesmo com o fogo consumindo o prédio e colocando em risco a vida de todos, Heley não hesitou em salvar as crianças. Com seu próprio corpo, ela protegeu e salvou pelo menos 25 crianças, sendo considerada uma verdadeira heroína. Cabe ressaltar os nomes das funcionárias que também acabaram morrendo.
Infelizmente, Heley não resistiu aos ferimentos e faleceu naquele mesmo dia, aos 43 anos de idade. Sua morte foi uma perda irreparável para sua família, amigos, alunos e toda a comunidade de Janaúba.
No entanto, sua coragem e seu exemplo jamais serão esquecidos. Heley Abreu foi homenageada pelo governo brasileiro com a Ordem Nacional do Mérito em 2017, em reconhecimento ao seu heroísmo. Sua história é um exemplo de amor, coragem e dedicação, que deve ser lembrado e celebrado sempre.
Em um momento em que a luta das mulheres por igualdade e respeito continua, a história de Heley Abreu nos inspira a sermos corajosos e a lutar por aquilo que acreditamos. Que sua memória continue viva em nossos corações e que sua história seja contada para as futuras gerações, para que jamais esqueçamos de sua coragem e bravura.
Por José Carlos Alves
